A relação entre virtudes, vícios (pecados capitais) e saúde mental tem sido objeto de reflexão desde a antiguidade até a atualidade. Filósofos clássicos como Aristóteles já ensinavam que a busca da felicidade (eudaimonia) está ligada a uma vida virtuosa – “A felicidade consiste em certa atividade da alma dirigida pela virtude perfeita” . Na teologia moral católica, desenvolvida por autores como Santo Tomás de Aquino, as virtudes aperfeiçoam a natureza humana, enquanto os vícios (pecados) a desordenam . Psicólogos contemporâneos, por sua vez, têm redescoberto a importância das virtudes no bem-estar psíquico: qualidades como gratidão, perdão e humildade mostram efeitos positivos na saúde mental . No entanto, nota-se também uma correspondência notável entre antigos “pecados” e categorias modernas de psicopatologia – por exemplo, a soberba assemelha-se a traços do transtorno narcisista, a ira descontrolada a traços antissociais, e assim por diante . WWW.THACIOSIQUEIRA.COM.BR TERAPEUTA CATÓLICO
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Este ensaio tentará explorar essas relações. Apresentaremos algumas fundamentações filosóficas e teológicas sobre virtudes e pecados capitais, e as compararemos com conceitos da psicologia moderna, especialmente transtornos de personalidade e outras condições mentais correlatas.
Ressalte-se desde já que reconhecer a dimensão espiritual na saúde mental não elimina a necessidade de tratamento profissional; ao contrário, a graça divina e a terapia podem atuar de forma complementar. Em suma, buscamos integrar a sabedoria perene sobre virtudes/vícios com os conhecimentos da psicologia moderna, oferecendo um recurso equilibrado entre fé e ciência para promoção da saúde mental.
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