Deus Está Fora do Tempo: A Liturgia como Presença Real no Coração de Cristo
- 17 de abr.
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Deus não está submetido ao tempo como nós. Para Ele, tudo está presente: o passado não se foi, o futuro não tarda. Tudo está diante d’Ele como um eterno agora. É por isso que, quando a Igreja celebra liturgicamente os mistérios do Tríduo Pascal — a Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor —, ela não está apenas recordando fatos antigos. Está, de modo real, sendo introduzida no próprio coração de Cristo, naquele instante eterno em que Ele se entrega por amor.
Celebrar o Tríduo Sacro é estar com Jesus no Horto das Oliveiras, é vê-Lo ser flagelado, é estar junto à cruz no Calvário. Mas mais que isso: é reconhecer que os meus pecados estão ali, naquele momento, cravando espinhos em sua fronte, pesando em seus ombros, rasgando Seu Coração.
Mas também — e misteriosamente — minha fé, minha entrega, minha compaixão sincera e meu amor podem, nesse mesmo instante eterno, consolar o Coração de Jesus. Deus permitiu que nossas escolhas tivessem peso real na eternidade: não apenas para ferir, mas também para amar.
Estar presente liturgicamente é estar, de fato, dentro do drama da salvação. É participar, não como espectador, mas como alguém cuja vida toca e é tocada pelo Senhor. Hoje, agora, posso ser um consolo no Getsêmani. Posso ser um Simão de Cirene no caminho da cruz. Posso ser um João fiel aos pés do madeiro. Tudo depende de como meu coração entra nessa eternidade de amor.






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