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🌅 Terça-feira Santa: O Coração de Jesus Entre a Luz e a Sombra

  • 15 de abr.
  • 3 min de leitura

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Por Thácio Siqueira



✢ Introdução



A Terça-feira Santa é, muitas vezes, uma estação silenciosa da Semana Santa. Não há procissões grandiosas nem celebrações solenes neste dia. Mas, no íntimo do Coração de Jesus, ela foi um dos momentos mais intensos e dolorosos da Sua vida terrena. O Senhor caminhava para o Calvário com passos decididos, mas carregava no peito um turbilhão de dores espirituais, traições, rejeições e esperanças.


Neste artigo-meditativo, queremos olhar para a Terça-feira Santa como Jesus a viveu. Utilizaremos as visões de místicos como Santa Catarina Emmerich, Madre Maria Cecília Baij e Maria Valtorta, além de textos bíblicos e reflexões teológicas, para nos aproximarmos do Coração de Cristo neste dia tão esquecido — e tão sagrado.



✢ O que aconteceu na Terça-feira Santa?



Segundo os Evangelhos, e confirmado por diversos místicos, a terça-feira da Semana Santa foi marcada por:


  • A última pregação pública de Jesus no Templo;

  • O anúncio das desgraças de Jerusalém e a profecia sobre o fim dos tempos;

  • Os duros “ais” contra os fariseus, cheios de hipocrisia;

  • O louvor à viúva pobre, que deu tudo o que tinha;

  • O retorno de Jesus ao Monte das Oliveiras, onde contemplou Jerusalém com lágrimas.



Enquanto isso, nos bastidores da cidade, Judas se afasta discretamente para negociar a traição, trocando o Mestre por 30 moedas.




✢ O Diário Imaginário do Coração de Jesus



“Hoje falei pela última vez no Templo. Era a Minha despedida. As pedras Me ouviram mais do que os corações. Mas deixei ali a Minha Palavra, como se planta uma semente no deserto. Um dia, ela germinará.”

A meditação que segue é inspirada nas visões de místicos e escrita como se fosse o próprio Jesus falando ao nosso coração — um diário da Paixão do Amor:



🌄 Ao amanhecer

“O céu clareia sobre Jerusalém, mas dentro de Mim a noite se adensa. Caminho entre homens que fingem escutar, mas planejam a Minha morte. O Templo está cheio de gente, mas vazio de fé.”


👣 No Templo

“Vieram com perguntas para Me pegar em armadilhas: impostos, mandamentos, heranças… Respondi com verdade, mas suas almas estavam fechadas. Falavam de Deus, mas queriam poder.”


😢 A dor de ver Judas

“Judas saiu esta manhã. Disse que ia resolver assuntos. Mas sei. O seu coração já se entregou ao inimigo. Trinta moedas… o preço de um escravo. Mas Eu continuo a amá-lo. Até o fim.”


🔥 Os “ais” contra os fariseus

“Denunciei os hipócritas. O Amor precisa ser firme com quem endurece o coração. Não para ferir, mas para sacudir. Chorei por Jerusalém. Quantas vezes quis acolher seus filhos…”


🌿 Ao entardecer no Monte das Oliveiras

“Subi o monte com os Meus. Olhei a cidade. Meu coração sangrou. Sei que em breve gritariam: ‘Crucifica-O!’ Mas Eu os amava… e continuava amando.”




✢ O que mais doía no Coração de Jesus?



Sim, Jesus estava cheio de Amor. Mas justamente por isso, o que mais doía era o desprezo ao Seu Amor. Como revelado a Santa Margarida Maria Alacoque:


“Eis o Coração que tanto amou os homens, e que, em troca, não recebe senão ingratidão, frieza e desprezo.”

E o que mais Lhe doía?


  1. A ingratidão da humanidade — mesmo após tantos milagres e misericórdias;

  2. A traição de Judas, o amigo íntimo;

  3. A negação de Pedro, o líder escolhido;

  4. A rejeição de Jerusalém, Sua cidade amada;

  5. A frieza dos consagrados, como revelou a místicos;

  6. A recusa aos sacramentos futuros, que Ele instituiu com tanto Amor.



Madre Baij descreve que cada ofensa futura era sentida por Jesus na alma como se ocorresse naquele momento. O Seu Coração, sendo Divino, contemplava todos os tempos. E ainda assim, amava. Amava infinitamente.



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